Em uma linda floresta moravam as formiguinhas amarelas, as mais dedicadas e amáveis formigas daquele bosque encantado. De todas elas se destacavam as irmãs Gigi, a mais responsável, Vivi a “enfezadinha” e Zizi, a mais extrovertida.

Era verão, e em uma linda tarde ensolarada as três irmãzinhas saíram para brincar e distraídas foram parar no lugar onde moravam os gafanhotos. Zizi ao ver um gafanhoto triste e sozinho logo se aproximou dele e começaram a brincar. Vivi ao ver aquilo disse:

-Olha, olha Zizi brincando com um gafanhoto. Eu também vou lá. - e saiu correndo.

Então Gigi, ao ver aquela reação de suas irmãs, disse:

-Não, volta. Papai já disse que não podemos brincar com os gafanhotos!

Mas já era muito tarde e ainda assim lá estavam Zizi e Vivi com o gafanhoto.

Zizi perguntou ao gafanhoto:

-Qual o seu nome?

Responde o gafanhoto:

-Meu nome é Gil e o seu?

-Eu sou Zizi, esta Vivi e aquela lá é a Gigi. Somos irmãs.

Gigi: Meninas temos que ir para casa agora.

Vivi: Eu não quero ir, gostei de brincar com o Gil.

Zizi: Eu também, eu também.

Gil: Vocês querem ser minhas amigas?

Gigi: Não. Papai disse que vocês gafanhotos são preguiçosos e se andarmos com vocês, vamos acabar ficando preguiçosas também.

Gil: Mas meus coleguinhas não gostam de brincar comigo porque sou ainda muito pequeno.

Depois dessa conversa Gigi chamou suas irmãs mais uma vez e foram para casa, prometendo voltar no outro dia. Assim aconteceu. As formiguinhas voltaram no outro dia, no outro e no outro e todas as tardes, formando uma linda amizade.

Nesses encontros eles brincavam muito, mas além de brincarem, elas faziam suas tarefinhas e seu novo amiguinho, o Gil as ajudava.

O pai das formiguinhas, que já as seguia há algum tempo, viu a amizade verdadeira que existia entre eles e o quanto aquele gafanhoto as ajudava nas tarefas. Com isso, as formigas perceberam que os gafanhotos não eram preguiçosos como pensavam e passaram a viver junto com eles, brincando, se divertindo e realizando suas tarefas do dia a dia. Percebendo que para conhecer alguém de verdade é preciso se relacionar com esta.



Moral da história: Inclusão, a melhor maneira para conhecer alguém



Desde o ultimo trimestre do ano de 2009, quando o Brasil ganhou o direito de sediar no ano de 2014 a Copa do Mundo de Futebol e em 2016 as Olimpíadas e Paraolimpíadas, o cenário político e empresarial começou a arregalar os olhos, feito lobos famintos para cima das crianças e dos jovens brasileiros, com o objetivo de descobrir e preparar atletas que possam vir a disputar essas competições.
Para isso, começaram a investir porradas e mais porradas de dinheiro em projetos e pesquisas que visam revelar precocemente estes prováveis atletas. O Governo Federal então, que já possuía alguns projetos nesse caráter, "que por sinal andavam meio que esquecidos e abandonados", inventou mais projetos , não sei se para acelerar esse processo ou se é apenas uma forma de fazer com o capital (din din) gire mais fácil por esse cenário... E o pior é que tão querendo levar para dentro das escolas e para dentro da cabeça de nossas crianças que o esporte de alto rendimento é o melhor caminho a ser seguido, ou seja, querem que ao invés de ensinar aos nossos alunos que o esporte é um meio de interação social e de bem estar físico e mental, passemos a ensinar que o esporte profissional é um verdadeiro mar de rosas, onde lhes fornecerá facilmente dinheiro, fama e glamour.
É uma pena que nem todo mundo sabe que todo esse status custa muito caro, pois ninguém diz para os nossos jovens que eles sofrerão duras e longas jornadas de treino, que irão perder a sua liberdade, pois não terão tempo para mais nada a não ser treinar e, principalmente, que se eles não renderem aquilo que é esperado, cairão no esquecimento e aí... tchau tchau fama e dinheiro, e então estarão de volta a estaca zero.
Pois é meu Brasil... A temporada de caça está aberta, os lobos estão à solta e quem quiser que proteja seus cordeirinhos para que não sejam devorados pelo mundo da ilusão.


Acadêmico: Alan Nascimento Chagas


Fenômeno Pet: jogadores veteranos em alta, quando é a hora de parar?

O sonho de todo menino é ser jogador de futebol, mas, poucos sabem o quanto pode ser sofrível e curta essa carreira. Enquanto escrevo, nesse exato momento, milhões de meninos vivem este sonho. Os terrenos baldios, as quadras e os campos são verdadeiramente territórios férteis para os sonhadores que se engendram nesses espaços com muito suor, tanta alegria e tamanha habilidade. Para que esse sonho se torne realidade esses meninos têm pela frente um árduo caminho para trilhar, começando pelas peneiras dos clubes, ficar longe da família, conciliar o estudo e o futebol (poucos conseguem), depois passam pelas categorias de base sub-17, sub-20... Até chegar ao time profissional de um clube, que é quando realmente começa a ascensão de um jogador. Aí, destacam-se à habilidade, as jogadas bonitas, os dribles desconcertantes, tudo isso vem acompanhado dos holofotes da mídia... Eis que nasce um craque!
Mas, o que poucos também sabem é que a vida útil de um craque dura muito pouco. Um craque brilha intensamente, mais ou menos, por uma década. Depois aos poucos diminuem a freqüência e a regularidade das grandes atuações. Além de várias surpresas e reviravoltas que aconteceram no campeonato brasileiro de 2009, um fato em especial após o fim do campeonato me chamou atenção: O “efeito Petkovic”.
O jogador sérvio de 37 anos encantou no Flamengo e fez brilhar os olhinhos de outros quase quarentões, o meia ditou moda no Brasil, fez os clubes redescobrirem o valor dos atletas mais experientes. No Corinthians, Roberto Carlos mais novinho aos 36, prometeu o título da Taça Libertadores para a torcida, o meia Giovanni ídolo santista retornou ao clube para encerrar sua carreira, aos 37 anos. Com um ano a menos, Marcos do Palmeiras e Rogério Ceni do São Paulo, são ídolos de seus times. Na Bahia a história se repetiu. O atacante Uéslei de 37 anos está de volta e doidinho para mostrar serviço no Vitória, juntamente com Ramon, também aos 37 anos. Já o Bahia apostou em Edílson com 39 anos e vem dando o que falar.
Na verdade, os grandes times ou pelo menos os times campeões, não precisam do craque durante todo o campeonato e nem durante todo o jogo, precisam deles de verdade para decidir as partidas.
Quando são questionados sobre o porquê continuar jogando, cada jogador tem sua explicação: é a paixão pela bola, a nostalgia da glória efêmera de se ver na TV, de ler o nome no jornal, a saudade do carinho da torcida... No fundo o que cada craque em fim de carreira sonha é a mesma coisa que sonhamos todos: prolongar ao máximo os momentos que achamos ser os melhores da nossa passagem aqui no planeta e isso vale no futebol, vale na vida.
Quando é hora de parar, de desistir, de buscar outra vida, outra paixão, buscar um rumo novo? Nessa hora é preciso ter muita coragem para tomar a decisão, é preciso reconhecer que o passe antes perfeito não chega mais no parceiro, que seu chute não tem mais a mesma força, que seus olhos e seus reflexos não são mais os mesmos.
É meu caro, o tempo não está do lado de ninguém, muito menos de quem vive nos limites. Jogadores de Voleibol, Basquete, Tênis chegam ao fim da carreira com dores crônicas. Na Natação ou no Atletismo as carreiras são mais curtas, os treinamentos mais duros, os sacrifícios maiores.
Mas... Todo atleta tem a mesma dúvida nas quadras, nas pistas, nos campos de futebol:
QUANDO É A HORA DE PARAR?

Acadêmica: Alani dos Santos

Em Construção